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Ele

(Autoria: Márcia Homem de Mello)

em abril de 2019

Dia 18, 18 anos depois.
Ali estava diante do palácio, não o príncipe, o próprio rei.
Sensações, emoções, toques, palavras, gestos...
Um furacão somado ao terremoto, de quebra um tsunami.
Muitos os pensamentos sequenciados, não havia freio, era o fim da espera.
O toque, o beijo, a força, o calor... fazia muito calor.
Destino? Karma? Universo? Acaso... 
Não tem essa de "acaso". A história ganha um novo capítulo.
Essa porra toda foi escrita em algum livro do tempo.
Ele, o tempo, pareceu inimigo tantas vezes...
Na verdade, nos preparava para o epílogo todos esses anos.
O gosto, o cheiro, atitudes, não seriam iguais.
Precisávamos nos purificar em outros corpos.
Era o improviso do amor sendo maturado.
Poder constatar hoje a existência de fato desse sentimento...
Calmo, sereno, pleno... basta por si... só sentir.
Morro feliz pela vivência.
Serei grata pelos aprendizados...
Mas nada supera esse presente da vida em vida.
Continuarei acordando todos os dias.
Ser, ter, estar e... Sorrir.
Adormecer faz-me querer aconchegar-me, embrenhar-me.
Recontar, experenciar, imergir ...
Vivi, vivo.
Senti, sinto.
Sinto, sinto, sinto...
Ah! Senti o vigor da espera.
Dádiva minha, pois, esse sentir ecoa.
Não há igualdade.
Egoisticamente guardarei...
No interior do ser eu, ficará.
Que importância tem o tempo?!

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