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Escuridão

(Autoria: Márcia Homem de Mello)

em julho de 2019

Lá vou eu… Sem rumo.
Dentro do metro, tento acalmar essa dor que arde.
Caminhar até dar ao corpo a exaustão.
Assim esqueço por um tempo essa loucura.
Ele, de novo…
Esse tempo que teima em ser eterna companhia.
Já nem sei desde quando me perturba com os seus milésimos de segundos.
Nem em longos anos deste-me a paz.
Agora, nesse exato instante, poderia ser o escolhido para as decisões certas.
Ah! Malditas teimosia e covardia, persistem em ser minha sombra.
Karma de outras vidas que nem sequer lembro, pune o meu destino.
Crucifica o meu presente, rouba-me o milagre.
Deu-me uma dádiva, mas a coroa de espinhos fere.
Sangra o peito.
Nem fé, também não há perspectiva.
Apagou a luz.

Fotografia_de_Márcia_Homem_de_Mello-263.
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