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Monarca: A Borboleta

(Autoria: Márcia Homem de Mello)

em setembro de 2021

A dominância da caça, do aprisionamento.

De quem quer a posse, apequenar a existência.

Ela, com os seus milímetros de envergadura,

consegue realizar uma longa migração.

Descobriu que a seiva onde foi gerada,

a fez imune a venenos, altamente tóxicos.

No seu próprio corpo,

a robustez contra os predadores.

A Limenitis archippus quer ser Danaus plexippus,

mas não entende, é preciso ir onde ela foi.

Gerações, casulo, querença.

Há muito encanto e bondade na metamorfose,

da raiz do ser, do que foi,

do que se é e será.

Na morada de Gomphocarpus fruticosus,

muitos falsos reis e rainhas.

Querem vestes de algodão, cetim, fios de ouro.

Oh, pobres mortais!

Um simples axioma da vida,

de quem não nasceu para voar.

Acusam o tempo pelas más escolhas.

Um cordão umbilical de simbioses.

Toxinas, venenos, rancores, malícias.

Os vossos espelhos, não refletem a minha imagem.

Os olhos não enxergam além.

Muitos Narcisos, espelhos sem alma.

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