

A escrita e fotografia terapêutica

Venha Morte
(Autoria: Márcia Homem de Mello)
em julho de 2019
Odeio grito que me assusta.
Assim como a briga que me congela.
Gosto da conversa, clara e objetiva.
De trocar experiência e da gargalhada.
Sou de instinto, quase nada razão.
A ansiedade que rouba a reflexão.
Contestadora acima do necessário,
Ainda busco o equilíbrio.
Em contínua transformação
Com uma sede de praticar.
Muito mais do que criticar.
Nessa busca incansável de evolução.
Quase nenhum apego.
Se nem a vida é da minha propriedade.
Não sei do hoje,
Muito menos do futuro.
Dizem-me:
Aprenda a perder,
Muito mais do que querer.
Aprenda a ser
O necessário para sobreviver.
Já tenho quase nada.
Almejo menos ainda.
Basta um afago, um abraço.
Uma prosa a margem d'um rio.
Nessa insistência em existir,
Enfrento a morte no berro.
Do amor nada mais espero,
Só a morte conseguirá redigir.
