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A internet vicia?
Por: Rodrigo Herrero - Site Padre Marcelo Rossi
 

A internet tem aberto um mundo cada vez mais vasto de possibilidades. Você pode ler, escrever, ouvir, conversar, fazer amigos, comprar, jogar e fazer uma infinidade de outras coisas, tanto para o lazer como para o trabalho.
A internet tomou conta da vida das pessoas que possuem acesso a ela de uma tal forma que quem acessa passa tanto tempo “navegando” e não percebe a vida passando do lado de fora da janela, com outras tantas possibilidades e coisas para conhecer. Quando chega a este ponto, cuidado: você pode estar “viciado” na Internet.
Maria Antônia, 20, (nome fictício) se considera viciada em internet e a acessa para conversar no MSN Messenger (programa de bate papo on line), responder emails de amigos e acessar blogs (uma espécie de diário pessoal on line). “Eu sinto a necessidade de todos os dias entrar na internet mesmo quando não há nada para fazer nela”, diz.
Maria Antônia é estudante e quando está em casa procura se atualizar das mensagens recebidas no micro. “Tenho mania de apertar o ‘Enviar/Receber’ [do Oultook Express, programa de emails] várias vezes para ver se aparece uma mensagem nova, mesmo tendo alarme de aviso de novas mensagens ativado”, relata.
O operador em telemarketing, Janderson Bueno, 22, acredita não sentir necessidade freqüente em ver os emails, fazendo isso apenas uma vez ao dia. Mas ele não deixa de ir ao menos uma vez por semana nas chamadas Lan House’s, lugares onde as pessoas jogam diversos jogos eletrônicos via rede, que também possui espaço para internet. “Já fiquei 8 horas lá dentro”, diz.
As Lan House’s recebem na maioria crianças e adolescentes aficionados pelos jogos em rede, muitas vezes de estratégia e guerra. “Cerca de 80% são garotos. Já vi mães indo tirar garotos à força e dizendo: ‘Você está aqui á mais de 10 horas’”, relata Bueno.
O problema está quando a internet interfere na vida social da pessoa. “Freqüentemente chego atrasada em compromissos por perder a noção do tempo enquanto eu converso no MSN”, diz Maria Antônia que algumas vezes que sai de casa para algum compromisso visita uma Lan House para “passar o tempo teclando”.
No entanto, a psicóloga Márcia Homem de Mello em seu artigo “Como saber quando passamos dos limites?”, publicado no site Psy_Coterapeuta On Line, não vê a internet como um vício ameaçador, sendo apenas algo que faz parte da vida: “Os recursos de bate-papo são muito ricos e úteis quando utilizados de forma adequada, sem prejudicar o andamento diário da vida de cada um”, afirma.
Para ela, quem vê a Internet de forma negativa deve ter se frustrado com o que imaginava existir nela. “Provavelmente [a pessoa] chegou a ultrapassar o limite do bom senso”, diz.

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