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"Criada Associação de Cyberpsicologia"
Por: Daniel Praciano - Editoria de Informática do Diário do Nordeste © - 02/08/99

Se o Conselho Federal de Psicologia afirma que o serviço, se cobrado, é ilegal, os profissionais que o exercem dizem o contrário. Márcia Homem de Mello (http://www.homemdemello.com.br ), psicóloga, psicodramatista e psicoterapeuta online (também chamado de cyberpsicóloga por exercer a atividade através da Internet) mostra que há até uma associação que regula a atividade exercida por ela e outros profissionais na Grande Rede. O nome da entidade é Associação Brasileira dos Psicólogos e Profissionais de Saúde Mental On Line, ABRAPSMOL (http://www.abrapsmol.com.br ) e foi criada em 13 de maio de 1999.
''A criação da Associação surgiu porque os profissionais de psicologia não tiveram condições de conversar com o CFP e os seus CRPs (Conselhos Regionais de Psicologia), sendo inclusive ameaçados de processos pela Polícia Federal. Dessa forma, sem condições técnicas e institucionais por parte dos órgãos regulamentadores, fez-se necessário algo que regulamentasse os atendimentos que já estavam sendo feitos na Internet. Pois este tipo de atendimento online, é realizado inclusive com alcoólatras, policiais, depressivos, entre outros, no mundo todo. E no Brasil, os profissionais atuavam sem parâmetros éticos e técnicos'', afirmou Márcia que também é diretora presidente da Associação.
A entidade tem como objetivos apoiar, defender, treinar, estimular e informar os profissionais no uso de técnicas e tecnologia de atendimento on-line, via computador, utilizando-se de e-mail, ICQ, Chat e Vídeo-Conferência, entre outras técnicas multimídias que possam surgir. Além disso, a ABRAPSMOL faz pesquisas, explora e desenvolve o uso de computadores no atendimento psíquico. Promovem fóruns, eventos, debates etc., sobre o atendimento via on-line. A associação dá informações e consultoria a clientes, empresas, entidades públicas e particulares sobre comportamento virtual, psico-informática e parâmetros éticos na conduta on-line, entre outros serviços.
Com relação a questão do sigilo, Márcia explica que o mesmo pode ser quebrado até em uma consulta cara a cara, através de serviços de escuta. ''Quando alguém quer, procura meios de burlar quebras de sigilos, cabe a nós dificultarmos o acesso a isso, portanto, nós Profissionais de Saúde Mental Online estamos providenciando, e os consultórios?, estão colocando forros especiais em suas paredes, portas e janelas?''. Quanto a questão do estabelecimento de um diagnóstico, Márcia afirma acreditar que os profissionais formados sejam capazes de estabelecer um parecer confiável. ''Acredito que os profissionais que se formam tem capacidade para realizar o diagnóstico, ou ainda saber e ter consciência de como deve ser feito, assim como ser responsável o bastante para reconhecer quando não possuem condições para efetuar o mesmo, fazendo encaminhamentos. Pois é assim que os profissionais em consultório realizam seus trabalhos''.
A quebra de barreira e facilidade para clientes com problemas de deslocamento também é citada por Márcia como pontos positivos do serviço. Ela dá alguns exemplos de casos em que a consulta on-line é mais viável. ''Clientes morando em cidades do interior do País, os quais nem postos de saúde possuem, imagine um profissional de saúde mental''. (DP)

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