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"Doutor On Line"
Psicólogos atendem usando e-mail e bate-papo"
Adriana Lutfi - Jornal Folha de São Paulo - 16/02/2000 ©

 

Da Reportagem Local

Atendimento psicológico por bate-papo virtual. O serviço já existe há cerca de dois anos, no Brasil e em outros países. A psicóloga Márcia Homem de Mello, por exemplo, usa o "ICQ" para atender aos seus clientes.
"Com o chat desse programa, eu consigo ver quando o internauta volta na escrita, mudando de idéia do que escreve. Posso perceber quando ele comete atos falhos também", afirma.
Em seu site, Psy-coterapeutas On Line (www.homemdemello.com.br/psicologia), Mello explica que o cliente deve reservar um horário tranquilo para a sessão, para que ele não seja atrapalhado por ninguém e se concentre. "A consulta tem uma hora de duração e custa R$ 30. Mas é um valor negociável". 
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Além deles, já existem psicanalistas que atendem via Internet. O site Psiconline (www.psiconline.psc.br), coordenado pelo psicanalista Argemiro Vilela, do Rio de Janeiro, atende a clientes por troca de e-mails. Para iniciar o tratamento, o internauta deve preencher um longo formulário, que pergunta como ele é fisicamente, quais fatos mais o marcaram na infância, sexualmente etc. 
Outro site que tenta praticar os conceitos de Freud via Internet é o Psicanálise Clínica On Line (www.geocities.com/Heartland/Forest/3985), da Sociedade Latino-Americana de Psicanálise Clínica.
Segundo o Conselho Federal de Psicologia, psicólogos virtuais não podem cobrar por um serviço cuja eficácia ainda não foi reconhecida. Para o CFP, esse novo tipo de sessão ainda está em fase experimental. Ou seja, a consulta é considerada pesquisa científica e, portanto, não pode ser cobrada.
"Não podemos trabalhar de graça", diz Márcia Homem de Mello, que criou, com outros profissionais, a Associação Brasileira de Psicólogos e Profissionais de Saúde Mental On Line (www.abrapsmol.com.br). "Ela serve para definir parâmetros éticos e técnicos ao atendimento virtual", diz Mello.
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Para a psiquiatra e psicoterapeuta Ana Cristina Sáad, que atende de maneira convencional, não há como ter sucesso nesse tipo de contato. "Pessoas que têm fobia social, por exemplo, não deveriam ficar em frente ao computador. Ao contrário, deveriam se esforçar para sair de casa." Ato falho, gagueira, desvio de olhar são alguns dos elementos presentes em uma sessão de terapia -e considerados fundamentais para o trabalho com o inconsciente. Será que, com o texto, é possível perceber tudo isso?
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