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"Orgulho de ser sogra"
Por: Andressa Monteiro - O Estado RJ  - 11/05/10
Muitas vezes elas acabam se tornando uma “mãe postiça”

Em 28 de abril é comemorado o Dia da Sogra. A celebração é motivo de festa para alguns e de esquecimento para outros. Isso acontece, pois depois do casamento, para uma boa convivência familiar, é imprescindível ter uma boa relação com a sogra. Entender os motivos por trás das atitudes dela ajuda a impor seus limites e desejos, e a respeitar os dela. 
Para a psicoterapeuta Márcia Homem de Mello, o estereótipo que muitas pessoas têm de uma sogra malvada, não se tornou um mito, mas uma realidade de diversas famílias. “Muitas mães têm dificuldade em deixar seus filhos viverem suas vidas. Elas entram em disputa pelo território que está sendo invadido por um estranho”, afirma.
A especialista comenta que a mãe visita os filhos casados para observar qual o tipo de tratamento que a esposa dá ao marido. “Esse atrito é maior entre as sogras e noras, mas com a filha também acontece. Existem sogros que fazem o mesmo papel da sogra ao interferir nas relações das filhas, apenas em menor proporção”, conta Márcia.
Marli Pimentel é dona de casa e conta que apesar dos desentendimentos, tem uma relação excelente com a sogra. “Ela é a única pessoa com quem posso falar mal do meu marido, pois sei que ela não guardará mágoas dele”, diverte-se. ”Só não digo que ela é uma mãe, pois já tenho uma que não deixa espaço para a outra ocupar o lugar dela. Sabemos que a convivência é inevitável, logo temos que aprender a lidar com as diferenças”, explica.
Marli também comenta que a sua mãe tem uma boa relação com a mãe do marido. “Elas são muito amigas, saem juntas e até dividem as tarefas de avó. Nós três viajamos nos finais de semana. Ela tem a chave da minha casa e eu também tenho a chave da casa dela”, conclui.
A psicoterapeuta dá dicas do que os pais e mães podem fazer para suprir a falta que os filhos fazem ao sair de casa. ”Fazer cursos, viajar, sair sem hora para voltar, inventar programas com o marido e os amigos, ou se é separada, ter um novo parceiro são ótimas formas de se distrair”, aconselha.

Aumentando a família

Laura Junqueira se alegra ao contar que com a chegada do genro, a família aumentou e que ganhou mais um filho. “E que venham os netos”, empolga-se a dona de casa. “Gosto muito do meu genro e já o defendi algumas vezes quando achei que a minha filha estava errada. Vejo que muitas vezes ele me trata como mãe”, conta Laura.
Márcia Homem de Mello, diz que é ótimo cultivar uma relação saudável com a sogra, mas que ninguém pode ocupar o lugar de ninguém. “Muitas noras ou genros adotam suas sogras como mães, mas ninguém precisa assumir um papel que não lhe pertence”. 
Há situações em que a sogra age de maneira educada, para manter os filhos por perto. “Quando ela mima demais, dá para desconfiar. É uma estratégia mais inteligente e menos conflitante”. É muito importante que os pais não criem seus filhos em bolhas de proteção. “Eles podem crescer inseguros, dependentes e irão ser adultos com problemas sérios”, alerta a psicóloga.

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