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Pânico: Uma Conversa sobre Ataques de Pânico
Márcia Homem de Mello© Publicação ABRAPSMOL
  
O transtorno do pânico é classificado entre os “outros transtornos de ansiedade”e não mais apresenta especificações quanto a se ele é ou não acompanhado de agorafobia.
É importante na identificação de um ataque de pânico detalhar, para um profissional, como ele se deu. Podendo ser confundido com um ataque cardíaco ou um acidente vascular encefálico, se não houver um apuramento maior sobre as circunstâncias e progressão dos sintomas. Em uma crise de pânico , o desamparo e o desespero do indivíduo são tais que toda tentativa de comunicação com ele parecem fadadas ao fracasso.
É normal nos indivíduos com ataques de pânico, procurarem por uma doença, pois ficam receosos e ansiosos em saber o que está havendo, que causam as crises.
O Ataque é caracterizado por um medo repentino, terror, desconforto, acompanhado de:
Taquicardia ou palpitações, muito suor, tremores, falta de ar, dor ou constricção no peito, náusea, descontrole intestinal, fraqueza, ondas de calor, sentimentos de dês personalização, medo de enlouquecer e é bem comum, o medo de morrer.
Num ataque de pânico 4 ou mais destes sintomas atingem intensidade máxima em 10 minutos ou menos. O ataque, na maioria das vezes, devastador, vem com o medo intenso, com sensações de morte iminente, perda de controle ou da razão. Relatos de pessoas que já tiveram o ataque, vêm acompanhados do sentimento intenso da necessidade de escapar da situação (Agorafobia). 
Algumas pessoas o ataque do pânico surge inesperadamente, em outras, quando são expostas a situações que provoquem ansiedade (multidões, espaços fechados, túneis, lugares altos, etc), ou ainda, em ambas as situações.
Os ataques são sintomas que podem ser causados por vários fatores. Cerca de 10% da população têm ataques isolados ou esporádicos. A doença do Pânico é uma síndrome. As pessoas com Doença do Pânico tem ataques recorrentes e inesperados. Quando os ataques ocorrem numa determinada situação, os pacientes passam a associar tal situação aos ataques, tornando-se assim, fóbicos, evitando se expor a mesma situação.
Os Ataques podem estar associados a outras patologias como a Fobia Social, o Transtorno Obssessivo-Compulsivo, o Transtorno de Estresse Pós-Traumático, a Depressão, as Fobias Específicas, e a Intoxicação ou Abstinência de substância.
As pessoas com Doença do Pânico têm ataques recorrentes e inesperados; às vezes mais de um por semana. Cerca de 10% da população relata ataques de pânico isolados ou esporádicos.
É essencial investigar especificamente a presença de sintomas depressivos em pacientes com doença do Pânico. Se presentes, os sintomas depressivos devem ser tratados agressivamente.
Muitas pessoas que sofrem de ansiedade excessiva, inclusive doença do Pânico, observam que o álcool é capaz de aliviar seus sintomas, como por exemplo os sintomas de ansiedade, e para o bloqueio dos ataques de pânico. Para muitos se torna uma forma de automedicação, que em virtude do desenvolvimento de tolerância com o uso regular a quantidade de álcool necessária para o alivio dos sintomas, se torna progressivamente maior, e com a ingestão de maiores doses, a dependência se desenvolve.
Os tratamentos observados com resultados na doença do Pânico são a terapia cognitivo-comportamental e a terapia farmacológica, combinadas.
Bibliografia:
* Ataques de Pânico e Transtornos de Pânico - Folheto do Laboratório SmithKline Beecham Farmacêutica
* Pânico - Contribuição à Psicopatologia dos Ataques de Pânico - Mário Eduardo Costa Pereira - Lemos Editorial

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