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"Conselho rejeita prática de terapia on line"
Thaigo Stivaletti - Jornal Folha de São Paulo - 02/05/1999 ©


O CFP (conselho federal de psicologia) deve emitir nos próximos meses resolução em que não reconhece os atendimentos psicológicos feitos pela Internet como prática profissional de seus associados. 
Segundo Ana Maria Mercês Bock, presidente do CFP, não há estudos concretos sobre a eficácia da psicoterapia on line. "O cliente deve estar ciente de que está realizando um trabalho experimental, e que portanto não deve ser cobrado."
Bock afirma que os psicólogos que oferecem o serviço estão sendo orientados pelo conselho. "Se eles insistirem na cobrança, pode-se abrir um processo ao CFP para cassar seus registros".
A Presidente do Conselho diz que existem aspectos negativos da psicoterapia on line que devem ser estudados, como o risco da quebra de sigilo, a questão da escrita como meio para o paciente expressar suas emoções e as interrupções na conexão à Rede.
Os psicólogos que trabalham com o serviço destacam as novas premissas do tratamento dado aos pacientes virtuais.
...(edição)
Fátima Ferreira, psicóloga carioca que trabalha no atendimento on line desde 96 e hoje conta com uma equipe de quatro pessoas, prepara uma pesquisa para entregar até julho no CFP.
Ela cobra R$ 55 por uma sessão de 50 minutos na sala de bate-papo de seu site. "Nosso trabalho é de aconselhamento. Sempre que necessário, encaminhamos os pacientes para o consultório, diz. 
Márcia Homem de Mello, psicóloga de Recife, que anuncia em sua página sessões por e-mail e ICQ ( bate-papo fechado), cancelou seu registro no Conselho Regional de Recife. "Fui acusada de exercício ilegal da minha profissão, mas não tive nenhuma chance de explicar meu trabalho", diz.
O psicólogo Mário Bruço, que não trabalha na Internet, enfatiza a necessidade de controle sobre os psicólogos on line.
Casos Têm Resultado Positivo
Dois experimentos clínicos mostram que o tratamento psicológico mediado por computador pode tornar-se uma ferramenta para psicólogos e psiquiatras.
Em Glasgow (Escócia), uma clínica tratou de 26 pacientes que apresentavam ansiedade excessiva e disturbios emocionais com um CD-ROM desenvolvido por seus psiquiatras.
O programa, conhecido como STRESSPAC, ensina sobre ansiedade e problemas associados a ela, como pânico, fobias e insônia. Por meio de questões, o paciente formula seu próprio tratamento.
Depois de seis meses, todos os pacientes apresentavam melhora, e a recuperação de 50% deles foi considerada "significativa". Mais de 75 % afirmaram que recomendariam o atendimento por computador para outras pessoas.
No Hospital das Clínicas de São Paulo, uma experiência conduzida há um ano pelo psiquiatra Luiz Armando Araújo consiste no tratamento de dez pacientes com um programa desenvolvido pelo próprio psiquiatra e disponível na Internet, cujo o método é semelhante ao da clínica escocesa.
Araújo diz que, embora a experiência só seja concluída no final do ano, os pacientes estão apresentando resultados semelhantes: 65% a 80% de melhora. O próximo passo é verificar os resultados de um abandono do tratamento nos dois casos.
Os Prós e os Contras da Terapia on line
PRÓS
Acesso a clientes que moram em locais onde não há psicólogos

Ausência de horário fixo para as sessões

Maior "abertura emocional" do cliente

Possibilidade de tratamento para cliente que não quer ou não aceita ir ao consultório

Preços menores que a média cobrada pelos psicólogos tradicionais

CONTRAS

Risco de quebra de sigilo na Internet
Limitação da linguagem escrita para avaliar psicologicamente o paciente
Risco de interrupção na conexão à Web no meio das sessões
Falta de continuidade com o tratamento
Falta de garantia do atendente ( quem está respondendo do outro lado)

"Esclarecimento ao Público sobre a Reportagem da Folha de São Paulo e as colocações do CFP"
Márcia Homem de Mello ©


Eu tenho Formação Superior em Psicologia, com Especialização em Psicodrama. Para realizar meu trabalho online não preciso estar inscrita em nenhum Órgão ou Conselho Regional ou Federal. Sou Psicoterapeuta, Psicodramatista, e realizo um trabalho online. Tenho Ética Profissional e Responsabilidade acima de tudo com os clientes que me procuram. Maior esclarecimento sobre minha formação, entre aqui: CURRÍCULO
O que não foi dito na reportagem e o público não sabe, é que, os Psicanalistas, Psicodramatistas e outros, NÃO precisam ser profissionais com formação superior em Psicologia para atuarem como tais. Os cursos de Especialização, Graduação ou Mestrado nos habilita para atuar como Terapeutas e/ou Psicoterapeutas. 
A resolução do CFP que visa proibir o atendimento feito pela Internet, não me atingirá, pois o CFP não tem autoridade e nem argumentação legal para isso em relação ao meu trabalho online.
Por uma questão de terminologia, devo esclarecer que o CFP tem poder sobre o atendimento PSICOLÓGICO, e NÃO TERAPÊUTICO ou PSICOTERAPÊUTICO. Ou seja, Conselho Federal ou Regional de Psicologia se restringe a Psicólogos inscritos e que atuam como psicólogos. As outras linhas de atuações terapêuticas e/ou psicoterapêuticas existentes têm suas bases nas suas Escolas de Formação.
Quanto ao ponto de não existir estudos concretos e que portanto o trabalho da psicoterapia online é experimental, há por parte de quem fez esta colocação uma Desinformação Total do que vem sendo feito no Mundo todo. Quem quiser saber um pouco sobre isso, entre na opção de LINKS e poderá obter lá um farto material internacional sobre o assunto. Sem contar o Desconhecimento de Informática completo por parte de alguns membros desses órgãos, a não abertura para um diálogo e a demonstração do trabalho que nós profissionais online estamos realizando.
Aliás isso foi ressaltado com exemplos na própria reportagem.
Quanto aos aspectos negativos mencionados, deixo isso bem claro no meu site, e os procedimentos a serem seguidos.
Agradeço a sua compreensão sobre o assunto, qualquer dúvida, estou a sua disposição no E-mail: marcia@homemdemello.com.br

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