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Educação e a Informática 
Por: Márcia Homem de Mello© - Publicação ABRAPSMOL


Na entrada para o novo milênio, onde nossas crianças e nossos jovens, já conhecem e nasceram no mundo informatizado, está mais do que na hora das escolas se reciclarem e tornarem seus currículos e professores mais atualizados com os novos tempos. 
O receio de alguns em colocar o micro como ferramenta de trabalho, não faz parte de uma lógica e sim, do medo do desconhecido e da falta de conhecimento do novo instrumento. Que professor não gosta de receber os trabalhos solicitados informatizados? 
Por que então, não trazer para a sala de aula, o que já faz parte do cotidiano de quem vive nos dias de hoje? 
Educar também é manter nossos alunos em contato com os acontecimentos dos novos tempos. Educar é também poder se atualizar e passar os novos conhecimentos. Educar é estar falando a mesma língua e estar no mesmo passo de nossos alunos. Educar e Informatizar adequadamente. 
O que as escolas e os professores esperam? Serem atropelados pelos professores que estão se formando agora? Pois estes já estão em contato com a informática. 
Quem já viu uma aula utilizando o micro, com certeza percebeu maior entusiasmo dos alunos. Mas para isso, é necessário conhecer o instrumento, caso contrário, quem vai receber aula será o professor. 
Depois de colocar em contato alunos e informática, cabe também ensinar a forma mais correta de trabalhar com o instrumento, para que desta maneira, não se veja por ai, computador sendo utilizado como "arma" e exageradamente, causando seqüelas que precisaram ser corrigidas futuramente. 
Quando um professor solicita um tema de um trabalho, é mais fácil para o aluno, digitar o tema num dos programas de busca da Internet, que logo verá em sua frente, dezenas de sites sobre a solicitação. Que ao aluno, fica somente o trabalho de imprimir o texto do site já todo pronto. Fica então a pergunta, qual foi o aprendizado desse aluno? Também já fomos alunos um dia, conhecemos as artimanhas. 
Cabe então ao professor reciclar sua forma de trabalho, solicitando trabalhos mais criativos, com questões que precisam ser pesquisadas, ou então, optar por debates posteriores. Que os alunos não me ouçam! 
É, ser professor não é fácil, além dos poucos recursos nas escolas públicas, apesar de algumas delas já começarem a contar com laboratórios de informática, isso ainda é minoria. Com um salário que não condiz com suas horas de trabalho e dedicação, ainda assim, é uma das categorias de trabalho que mais se exige aperfeiçoamento profissional. 
E como não cobrar de um professor melhor educação, se a eles está ligado à formação de futuros profissionais de um país tão carente? 
Difícil dilema, mas se o professor esperar da escola, a escola esperar da prefeitura, a prefeitura esperar do governo... teremos uma bola de neve interminável, e nessa espera, cada um elimina de si a responsabilidade de um aprimoramento individual. E mais uma vez, o prejuízo fica por conta dos alunos. 
Se algumas comunidades se mobilizaram e já têm voluntários e computadores, significa que basta querer, lutar, para que as demais escolas, comunidades, universidades, também tenham condições de aprimoramento. 
Criticar a informática, não é ter medo do desconhecido, porque ela já não é mais uma desconhecida. É falar sobre algo que não tem mais retorno, assim como a luz, a energia, o telefone, a televisão, ... Aprender a conviver e empregar no melhor estilo, sempre será a solução mais adequada para a evolução. Conhecendo o objeto da crítica, é possível detectar prováveis problemáticas. Para, só então, esquadrinhar resoluções. 

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