Flexibilidade
Márcia Homem de Mello© Publicação TiVejo! (edição VIII) 

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Foi-se o tempo em que a palavra de um chefe era lei irrevogável. Por muito tempo testemunhamos líderes ditadores no comando, usando ameaças e a força bruta como armas.

No mundo atual, não existe mais espaço para esse tipo de personagem. É notável o avanço nas empresas que contratam funcionários participativos, que se adaptam as situações, e vários são os lideres de comunidades pelo mundo que estão nessa posição justamente porque escutam e procuram equilíbrio de um lado e de outro.

É assim que o TiVejo! tem procurado fazer valer a flexibilidade como premissa entre os seus voluntários. Procurando resgatar a auto-estima, cobrando criatividade na resolução de situações, estimulando diálogo e valorizando a troca.

Mas isso não é fácil. É preciso ter capacidade para enfrentar mudanças, não se assustar com o novo, ser confiante e estar atento a realidade. Ser flexível é reagir à mudança, não permitindo que a insegurança, fruto da falta de confiança, crie raízes. Já a rigidez brota naquele que não confia em si, que teme o novo, no que não sabe a atitude a ser tomada diante do desconhecido, pois lhe falta criatividade.

O ser criativo aprende com os outros, sabe valorizar mais seus pensamentos e as próprias percepções que os demais. Sabe ter mais respostas, saídas, explora novas idéias. Porém sabe muito bem admitir e corrigir erros, não sente vergonha de dizer “você tinha razão, eu errei”.

O líder do maior grupo de voluntários da comunidade, Davis64 (Help), tem procurado lutar por isso. Através de diálogos e exemplos transmitidos nas reuniões com os membros voluntários de seu grupo, Davis64 tenta salientar a importância de ser flexível, como uma característica de um voluntário. “Sem ela, não se chega a lugar algum”.

Davis64 (Help) vê como ponto fraco do Grupo, que pode provocar o distanciamento entre os voluntários, a abordagem aos coordenadores de sala. Sabe que quase toda situação é passível de um acordo com as partes envolvidas usando a flexibilidade.

Ele, porém não acha nenhuma dificuldade para que uma pessoa possa se tornar mais flexível. Procura inclusive, utilizar a flexibilidade no seu dia-a-dia fora do TiVejo!, em seu trabalho: “Tenho uma indústria e mantenho uma aproximação diária com os funcionários de uma forma amiga onde procuro mantê-los sempre perto para que os mesmos se sintam valorizados.”

Enfim, temos dificuldade em assumir riscos, precisamos mais do que uma flexibilidade física, precisamos da flexibilidade mental. Criatividade sem flexibilidade não existe, e só com ela será possível mantermos a calma diante de situações inesperadas, e quando preciso, buscar alternativas para a resolução dessas situações.

Então antes de perder o controle, ficar nervoso, irritado com algo que você não esperava, pare para checar que outra saída pode existir, que solução você pode apresentar ao problema, ou uma nova maneira para conseguir chegar onde desejava. Com certeza você terá mais resultados positivos
 
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