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Não és vítima, trate os seus medos!

Esse texto é para os medrosos disfarçados
Márcia Homem de Mello©

 

"Toda reforma interior e toda mudança para melhor dependem exclusivamente da aplicação do nosso próprio esforço."

"Você é livre no momento em que não busca fora de si mesmo alguém para resolver os seus problemas."

Immanuel Kant

Aviso já no início desse texto, que não vou posicionar aqueles que apontam dedos como vítimas, a não ser deles, em negar e fugir das suas próprias dores e feridas. O reflexo disso, na sociedade mundial, é nocivo e causador de danos profundos em indivíduos e em grupos, estes são as verdadeiras vítimas! Espero uma reflexão, mesmo consciente que a maioria não conseguirá voltar o olhar para si, permanecerá sentada em trono de mecanismo de defesa, a emitir julgamentos e veredictos, ao invés de corrigir os seus sintomas comportamentais. 

O texto acabou por ficar enorme, mas precisava concluir o tema proposto, e nem sei ainda se consegui. Salvem a página, leiam aos poucos, ou voltem quantas vezes desejarem.

 

Espero sinceramente, que o medroso aproveite a proteção por detrás da tela, na segurança do seu ambiente, e repense comportamentos, crenças, desinformação, ações e trate os SEUS incómodos, cicatrizes, feridas de infância, adolescência, que te tornaram esse adulto cruel. Sempre é tempo de mudança, escolha ser uma pessoa melhor no mundo!​

Agora é a sua vez de perceber-se

Grande parte das pessoas, pode já ter passado por episódios com alguns dos temas abordados, e ter reagido de maneira inadequada. Isso é normal. A diferença está na frequência do comportamento desajustado no dia a dia, quando passa a ser visto pelo individuo como natural e correto.

As vítimas reais vão continuar a reagir, denunciar e defender os seus direitos.

"Tu assumias para mim o carácter enigmático

que todos os tiranos possuíam,

cujo direito está fundado sobre sua pessoa

e não sobre o pensamento.

Pelo menos era assim que me parecia." 

"Eu teria sido feliz por tê-lo como amigo, chefe, tio, avô,

até mesmo como sogro. Mas justamente como pai,

você era forte demais para mim".  Franz Kafka

Todas as vezes que sentir raiva, ódio, ansiedade, nervoso, inquietação, tristeza, através da ação, fala, postura, do outro, cena, escrita ou imagem, que houver necessidade de reagir, justificar, interferir, PARE E RESPIRE. Acalme a cabeça e não reaja impulsivamente, escute-se. Uma ferida sua, que talvez desconhecia a existência, ou que nega existir, foi aberta e exposta através do outro, daí o incomodo vem para que possas voltar o olhar para si. 

Durante a leitura, analise quais comportamentos têm-lhe afetado nos últimos tempos. É IMPORTANTE compreender definitivamente, que SÃO SEUS, pare de recuar ou se acovardar. Emoções vão aflorar durante a leitura, use de ponto de partida. Tens que parar de agredir, assediar, ofender, humilhar, desprezar, debochar, desrespeitar o outro, por causa das emoções negativas, diante das dores que sente. Qualquer gesto seu para "consertar" o outro, não fará o seu sangue parar de escorrer. As mudanças no outro não acontecem porque discordas, mas por incomodo pessoal, e se é seu o sentimento, então parta do princípio que deves mudar em ti.

“Tudo que nos irrita nos outros pode levar-nos a uma melhor compreensão de nós mesmos” Jung

Medo é uma sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. Pavor é a ênfase do medo.

É também uma reação obtida a partir do contato com algum estímulo físico ou mental (interpretação, imaginação, crença) que gera uma resposta de alerta no organismo. Esta reação inicial dispara uma resposta fisiológica.

A resposta anterior ao medo é conhecida por ansiedade. Na ansiedade o indivíduo teme antecipadamente o encontro com a situação ou objeto que possa lhe causar algum mal. Sendo assim, é possível se traçar uma escala de graus de medo, no qual, o máximo seria o pavor e, o mínimo, uma leve ansiedade. O medo pode se transformar em uma doença, a fobia. Wikipédia

Temos muitas formas de interiorizar vivências infantis. Uma criança, mimada e endeusada pelos pais, fazem-na tirana e pouco empática, sentaram-na num trono de poder, recebendo atenção e respostas a todos os desejos, todos os caprichos. Faltou-lhe limites e frustrações, tornou-a um adulto narcisista. 

Esse comportamento em que a pessoa sente-se superior por ter uma qualidade que (na sua opinião) falta aos outros traz como resultado, uma forma narcisista de se relacionar e se comunicar.

Expor em público as fraquezas, em troca de algum tempo de superioridade sobre o outro, às vezes acompanhadas de agressões físicas, mas são as marcas que ninguém vê, que vão acompanhar a vítima no caminho de volta para casa. 

Reflexão: Durante o período escolar, sofre, sofreu ou provoca, provocou bullying? De qual lado dessa história está ou esteve?

Quando foi que aconteceu? Foi na saída ou chegada a escola? Foi durante um trote universitário? São essas as razões dos seus comportamentos e das emoções negativas? Foste humilhado e agora queres vingança? Ou eras o autor das humilhações, fazia-te sentir no posto de comando, líder da turma?

Quem lembras de humilhar ou cobrar você? Tinhas tudo que pedia? O que sente quando alguém lhe diz NÃO?

“a criança não nasce nem boa, nem má,

tanto do ponto de vista intelectual,

quanto do ponto de vista moral,

mas dona de seu destino” PIAGET

Bullying é o uso de força física, ameaça ou coerção para abusar, intimidar ou dominar agressivamente outras pessoas de forma frequente e habitual. Os comportamentos usados para afirmar dominação podem incluir assédio verbal ou ameaça, abuso físico ou coerção, e tais atos podem ser direcionados repetidamente contra alvos específicos. As justificativas para tal comportamento às vezes incluem diferenças de classe social, raça, religião, gênero, orientação sexual, aparência, comportamento, linguagem corporal, personalidade, reputação, linhagem, força, tamanho ou habilidade. Feito por um grupo de pessoas, é chamado assédio moral.

Uma cultura de bullying pode se desenvolver em qualquer contexto em que humanos interajam uns com os outros. Isso inclui a escola, a família, o local de trabalho etc. Os websites de redes ou mídias sociais costumam ser uma plataforma para o bullying. Wikipédia

Ableísmo ou Capacitismo é a discriminação e o preconceito social contra pessoas com alguma deficiência. A deficiência em algumas culturas é vista como algo a ser superado ou corrigido, se possível por intervenção médica; um exemplo de postura capacitista é dirigir-se ao acompanhante de uma pessoa com deficiência física em vez de dirigir-se diretamente à própria pessoa. Wikipédia

Racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos. Muitas vezes toma a forma de ações sociais, práticas ou crenças, ou sistemas políticos que consideram que diferentes raças devem ser classificadas como inerentemente superiores ou inferiores com base em características, habilidades ou qualidades comuns herdadas. Também pode afirmar que os membros de diferentes raças devem ser tratados de forma distinta.

Xenofobia é o medo, aversão ou a profunda antipatia em relação aos estrangeiros, a desconfiança em relação a pessoas que vêm de fora do seu país com uma cultura, hábito, raça ou religião diferente. A xenofobia compartilha diversas características com o racismo podendo-se manifestar de várias formas, envolvendo as relações e percepções do endogrupo em relação ao exogrupo, incluindo o medo de perda de identidade, suspeição acerca de suas atividades, agressão e desejo de eliminar a sua presença para assegurar uma suposta pureza. Pode ter como alvo não apenas pessoas de outros países, mas de outras culturas, subculturas, sistemas de crenças ou características físicas. O medo do desconhecido pode ser mascarado no indivíduo como aversão ou ódio, gerando preconceitos. Wikipédia

Reflexão: Enquanto pai, mãe, professor, chefe, já comparou os resultados entre filhos, amigos, alunos ou funcionários?

Com qual frequência exerce o autoritarismo? Quantas vezes sentiu necessidade de provar "quem manda" no seu ambiente familiar ou de trabalho? Faltaram argumentos?

O seu funcionário parece-lhe inteligente demais e isso desestabiliza-lhe?

Quantas vezes já foste humilhado, sentiu-se inferior? Quem fez isso? 

Qual a frequência das vezes que lembra de ter ficado com raiva de seus pais, responsáveis,  por imposição, autoritarismo, humilhação, e jamais ser informado, educado, acolhido(a)?

“o contrário do respeito não é o ódio,

mas a humilhação e a indiferença”. Tugendhat

 

Acredita realmente que precisa provar o seu poder? Queres ser cruel? Isso encoraja-te? A sua fragilidade "desaparece" quando diminui e debocha do outro? Ou sente raiva de, no seu ponto de vista, ser intelectualmente inferior?

Receia perder o cargo ou os amigos por ser tímida(o)? Acredita ter poucas qualidades para alcançar os seus objetivos?

Teme perder a vaga para outra pessoa fisicamente mais bonita?

Acha-se incapaz de ser feliz? Seria injusto com os seus pais que sofreram tanto?

Seria um bom motivo para, quando adulto de sucesso, a criança que introjetou a situação de humilhação social, humilhar os pobres, negros ou crianças?

Negar sua origem, cor, raça, situação social, te alivia?

Qual o seu problema físico que mais causa incómodo?

"afirmei que “crianças abusadas na infância são bombas-relógio para o futuro”, pois tratarão de revidar os abusos quando tiverem o poder nas mãos." Rosa Cukier

A sensação de inferioridade do indivíduo vem por comparação, que na sua crença, coloca em risco a sua posição, e para fortalecer o poder de autoridade, precisa haver alguma atitude de superioridade para ser obedecido.

Os adultos costumam comparar crianças com muita frequência, entre irmãos e amigos, colegas de salas de aula, nas brincadeiras, competições desportivas, até em momentos de lazer. A imposição de regras ou ausência de informação, em respostas como "porque sim", "porque eu quero", "não interessa", "estou mandando", não educam, não há respeito e aprendizado vindo de lá, esse outro sente medo. Medo de ser agredido, ficar de castigo ou reprovado na escola, por exemplo.

Quando um chefe faz isso, está a humilhar o seu funcionário.

Cada ser humano introjeta as vivências e sensações, conforme interpretou, no instante vivido. Duas ou três pessoas no mesmo instante, podem internalizar de maneiras bem distintas.

Por exemplo, uma criança transforma-se num adulto com relacionamentos punitivos, abusivos, violentos, sem bons momentos, o seu pacto familiar, de infelicidade, repetirá a história da infância na vida adulta. Outra criança, nesse mesmo ambiente, poderá opor-se a infelicidade e buscar obter aquilo que lhe foi negado.

Um adolescente em situação de pobreza, poderá ficar constrangido e nunca aceitar que amigos o visitem. Não haverá alegria, já que volta o seu olhar para a situação social.

O receio da humilhação na escola, por parte dos amigos que a visitariam, esta na vergonha, que é uma emoção desagradável, de intensa profundidade, que pode causar dor a níveis neurológicos, é a honra e a dignidade ferida.

Há pessoas que ocupam cargos de professores para projetar as suas experiências negativas enquanto alunos, pois o ambiente escolar é fonte de grandes conflitos emocionais.

Muitas pessoas não conseguem comunicar-se, não for para humilhar. Para transmitir o que querem dizer de uma maneira mais agradável e subtil, sem afetar a autoestima, seria necessário haver empatia nos que se imaginam superiores, eles não têm.

Muitos líderes são inseguros e só conseguem comunicar-se sob a desvalorização e humilhação.

É possível reverter para uma atitude mais positiva, de ajuda ou voluntariado, quando se elabora a situação passada. O medo do fracasso, da rejeição, dos colegas, podem tornar um adulto capaz de propor apoio para crianças vítimas de bullying.

Pânico de perder a condição financeira, não justifica a postura agressiva, nem o discurso de ódio, racista ou xenofóbico. O fator desemprego, o medo da comparação com alguém mais qualificado, não mudará o seu currículo, muito menos trará-lhe mais clientes ou ofertas de emprego. Entretanto, de maneira doentia, poderá, por exemplo, justificar incapacidade de melhorar a sua formação, culpabilizando a imigração que rouba empregos dos locais.

Informe-se ou seja um propagador de conhecimento. 

Sai da acomodação! Pare de julgar. A responsabilidade É SUA!

Autoridade é um sinônimo de poder. É a base de qualquer tipo de organização hierarquizada, sobretudo no sistema político. É uma espécie de poder continuado no tempo, estabilizado, podendo ser caracterizado como institucionalizado ou não, em que os subordinados prestam obediência ao indivíduo ou à instituição detentores da autoridade. Wikipédia

Autoritarismo derivado do absolutismo, caracteriza-se pelo exercício do poder por uma só pessoa, que toma medidas sobre os súbditos a seu bel-prazer e em exclusividade, caracterizando-se pelo arbítrio na prática desse mesmo poder. É a valorização excessiva da hierarquia e gosto por mandar e ser obedecido, inspira mais medo do que respeito e admiração. A liderança autoritária não aponta soluções e não incentiva a autonomia dos colaboradores.

Pais autoritários exigem demais de seus filhos ao estabelecer muitas regras e limites, o relacionamento é baseado apenas em exigências, e quase não existem demonstrações de amor, eles se orgulham do fato de serem temidos. O clima em casa é tão pesado, que abraços ou palavras de conforto são praticamente inexistentes, pois creem que carinho e elogios estragam as crianças. Infopédia

Nada disso até agora fez sentido para você? E se a questão for a honra, “a nossa reputação, traduzida como a face exterior da honra de alguém, o respeito que se deve merecer daqueles que o cercam, a boa fama, a estima pessoal, enfim, a maneira pela qual é reconhecido pela sociedade” (ARANHA, 1995)?

Um caso relatado por Freud, em que um oficial mais graduado, comandante de um campo de oficiais prisioneiros de guerra, foi insultado por um dos seus companheiros. Por causa da humilhação sofrida, ele quis que o oficial fosse transferido para outro campo. Entretanto, através de diversos conselhos de colegas, ele decidiu, contrariando o seu desejo interior, “abandonar o plano e procurar imediatamente reparar a sua honra, embora isso estivesse fadado a trazer múltiplas consequências desagradáveis” (FREUD). Logo depois desse episódio, o comandante deveria fazer a chamada dos oficiais e deixou de ler o nome do seu agressor, que teve que permanecer no campo até que o erro fosse esclarecido. Dessa forma, “o incidente foi encarado por uma das partes como um insulto deliberado e, pela outra, como um acaso lamentável e sujeito a ser mal interpretado” (FREUD). Muito embora houvesse muito tempo que o comandante conhecia os seus companheiros de farda, nunca lhe acontecendo cometer erros nisso, e o nome saltado aparecesse com perfeita clareza no meio de uma folha.

A vida segue sem que precises provar que és melhor e sabes de tudo, apenas e somente, porque esse é o seu ponto de vista e não uma verdade universal. Os seres humanos têm direito de discordar.

Reflexão: Com que frequência sente necessidade de menosprezar, subestimar, desqualificar outras pessoas?

Quantas vezes nos últimos tempos precisou mostrar que tinha mais capacidade e habilidade do que as pessoas que trabalham contigo?

Com qual frequência utiliza sarcasmo, cinismo ou chacota  durante as conversas? Quais as inseguranças surgem quando és confrontado(a)? Por que gritas, ofende, humilha e desqualifica, diante dos confrontos?

Porque a condição financeira, a moral e a família, do outro, costumam fazer parte dos seus discursos? Quantas vezes já fofocou da vizinha(o) desqualificando em nome da honra e dos bons costumes? O quão frágil acredita ser a sua moral e constituição familiar?

Que medos tens e escondes na sua fé religiosa? 

Você esconde que sofreu algum abuso?

"Quando não somos capazes de entender alguma coisa, procuramos desvalorizá-la com críticas. Um meio ideal de facilitar a nossa tarefa." Freud

Fobia é um tipo de perturbação da ansiedade caracterizado por medo ou aversão persistente a um objeto ou uma situação. As fobias geralmente causam o aparecimento súbito de medo e estão presentes por mais de seis meses. Wikipédia

Homofobia é uma série de atitudes e sentimentos negativos em relação a pessoas homossexuais, bissexuais e, em alguns casos, contra transgêneros e pessoas intersexuais. As definições para o termo referem-se variavelmente a antipatia, desprezo, preconceito, aversão e medo irracional. Wikipédia

Reflexão: Homem: quão vulnerável é a sua masculinidade? Sente-se inferior diante de outro homem? O que desagrada tanto no seu corpo? Que desejos lhe deixam constrangido?

Mulher: quantas vezes já sentiu atração pela sua melhor amiga? Porque a vida de outra mulher causa-te inveja? Porque apagou a sua feminilidade? Qual a parte do seu corpo que evita olhar?

 

Temes ter um(a) filho(a) homossexual?

Porque a vida sexual das pessoas precisa ser pauta na sua? O que lhe provoca tesão quando vê ou escuta alguém contar?

Essa inveja que sente da outra pessoa, disfarça qual sensação de fracasso e/ou desejo?

Onde e com quem desejaria estar, longe desse local que está agora e é a razão da sua angústia e sofrimento?

Existe um segredo guardado por causa da honra, da família, ou da religião?

"O homem é tentado a satisfazer a sua necessidade de agressão às expensas do seu próximo, a explorar o seu trabalho sem compensações, e humilhá-lo, a infligir-lhe sofrimentos, a martirizá-lo e a matá-lo" FREUD

A sua existência não precisa denegrir o grupo LGBTI, para ter certeza da sua heterossexualidade. Talvez seja preciso aceitar a sua identidade sexual com compreensão, informação e acolhimento.

Assassinar um homossexual, não matará as suas sensações físicas. Invejar o corpo de um homem ou mulher, não torna você homossexual. O seu corpo físico, não será transformado, a não ser que encontre motivação para obter ou ser como aquele que lhe causa inveja.

A necessidade de pertencimento a grupos sociais, religiosos, políticos, familiares, que seguem padrões diferentes dos seus, não pode ser superior aquela que acredita ter mais importância  na sua vida.

O respeito parte do princípio de aceitação de si, e do outro, como ele é e quer ser, e não há nenhuma relação de obrigatoriedade de gostar e concordar com esses padrões. Enquanto ocupar o seu tempo atento ao mundo externo, o seu interno fica negligenciado.

Seriamos um mundo melhor se aprendêssemos a ouvir uns aos outros, concordarmos ou não, sem imposições, apenas exercer o direito de trocar ideias e informações.

"Ginofobia é o medo das mulheres, ou ódio (ou ambos). Geralmente os homens sofrem desta fobia, que também é conhecida por nomes como Ginefobia ou Ginecofobia. Essas pessoas temem as mulheres ou ter uma relação sexual com elas. Eles podem ter ódio ou má vontade para com suas próprias irmãs ou mães, ou em geral, com todas as mulheres ao seu redor. Alguns ginofóbicos tendem a adiar o casamento por causa de tal medo." Tiago Azevedo

Sexismo ou discriminação de gênero é o preconceito ou discriminação baseada no gênero ou sexo de uma pessoa. O sexismo pode afetar qualquer gênero, mas é particularmente documentado como afetando mulheres e meninas. 

Misoginia é o ódio, desprezo ou preconceito contra mulheres ou meninas. Pode se manifestar de várias maneiras, incluindo a exclusão social, a discriminação sexual, hostilidade, androcentrismo, o patriarcado, ideias de privilégio masculino, a depreciação das mulheres, violência contra as mulheres e objetificação sexual. Wikipédia

Homens e mulheres, levem em conta o que já foi dito até aqui. Violência doméstica torna-se pauta todos os dias na mídia mundial, que inclui outros crimes em contacto doméstico. A sua observação deve ser sobre a postura que assume diante da(s) pessoa(s) com quem convive. Assuma com sinceridade ao responder às questões, e seja corajoso(a) em pedir ajuda profissional. Podes estar prestes a cometer um crime, se já não o estiver, que pode levar a ser preso(a).

Homens, mulheres, idosos, filhos, irmãos, primos, tios, sobrinhos, deficientes físicos e mentais, quase todos podem ser vítimas e /ou criminosos.

“…a pessoa é masculina e feminina, não é só homem ou só mulher. De tua alma não sabes dizer de que género ela é. Mas se prestares bem atenção, verás que o homem mais masculino tem alma feminina, e que a mulher mais feminina tem alma masculina. Quanto mais homem és, tanto mais afastado de ti o que a mulher realmente é, pois o feminino em ti mesmo te é estranho e desprezível” Jung

Reflexão: Por acaso percebe que o seu temperamento causa medo no(a) seu(sua) namorado(a), mãe, pai, filhos e/ou irmãos? Os seus movimentos em casa, causam medo? Costumam ter receio de importunar-lhe? Evitam conversar com você por medo das reações explosivas?

Tens por habito zombar, humilhar, achar ridículo, as escolhas, opiniões ou ações, mesmo que outras pessoas que não vivam na casa, estejam presentes? Os sentimentos das pessoas não são impeditivos para as suas palavras ou ações? 

Alguma vez ameaçou, agrediu, bateu, deu um pontapé, empurrou, ou atirou algum objeto? É comum ter explosão de raiva?

Não permite visitas, ou passeios com os amigos e familiares por ciúmes? Pede satisfação, com quem falam, aonde vão? Pede para trocar de roupa, que interpreta ser inadequada? 

Já acusou o parceiro(a) de estar envolvida(o) ou ter relações sexuais com outras pessoas? Cobra autorização sempre que alguém vai sair?

Impede condições alimentares e higiénicas? 

As ofensas e ameaças são comuns nas conversas, mesmo em tom de brincadeira? Posiciona-se de vítima, num discurso para gerar pena e reverter uma situação que lhe ficou desfavorável?

Alguma vez forçou relações sexuais contra a vontade de alguém? 

"Quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda." FREUD

Machismo é a sensação de ser ' viril' e autossuficiente, o conceito associado a "um forte senso de orgulho masculino: uma masculinidade exagerada".Está associado à "responsabilidade de um homem de prover, proteger e defender sua família". Wikipédia

Masculinismo ou masculismo é um conjunto polissêmico de ideologias e movimentos culturais, políticos e econômicos. Conceitualmente, o entendimento do termo é dificultado por ter sido usado por poucas pessoas e muito raramente por filósofos. Wikipédia

Não és vítima, quando respondes "sim" às questões acima, és o(a) agressor(a), abusador(a), estuprador(a), assediador(a). Precisas com urgência recorrer ao tratamento desses comportamentos criminosos, que podem levar alguém a morte, inclusive a sua. Entender e corrigir as necessidades equivocadas e doentias de subjugar, controlar, desvalorizar, humilhar, privar ou agredir. Pare de colecionar vítimas!

Ninguém é propriedade do outro. As suas razões, são suas, não as use contra inocentes, trate-as! Não és obrigado a nada, tens escolha. Tome decisões saudáveis!

Vingança é o seu veneno, medo é a causa! A sua insegurança, fragilidade, perversidade, precisam do seu olhar voltado para a verdadeira causa, isso sim, te fortalecerá.

Matar a(o) sua(seu) parceira(o), não eliminará a dor da rejeição na sua história. Matar os filhos, não vai retirar das suas entranhas as lembranças infantis. Humilhar ou agredir alguém, não mudará a sua história com as figuras masculinas ou femininas. Precisa reaprender a olhar os papéis introjetados do seu passado. 

Ninguém nasce pai ou mãe, gerar filhos também é sinónimo de saber desempenhar bem a função. Há pais tóxicos que criam famílias cheias de traumas, em ambientes difíceis, daí nascem outras famílias doentes, até que alguns membros escolham quebrar ciclos. Precisamos tomar cuidado quando julgamos filhos que não visitam os pais. 

 

"A violência doméstica não pode ser atribuída a um descontrolo por parte do agressor, desculpabilizando-o pelos seus actos criminosos por causa de um suposto comportamento provocatório da vítima. Um(a) agressor(a) tenta muitas vezes minimizar ou negar a sua responsabilidade, pelo que culpar as drogas (ou o álcool) é uma forma de o fazer." (APAV)

Androfobia é o medo anormal de homens em oposição ao termo também de origem grega ginofobia. Mas atualmente, devido ao crescimento e transformações nas políticas de luta por diretos sexuais e de gêneros, o termo vem sendo cada vez mais usado popularmente para significar todos os tipos de preconceito, medo, discriminação, ódio e generalização aos homens, em analogia e acompanhamento ao uso do termo "homofobia", que foi usado para se referir ao preconceito, medo, discriminação, ódio e generalização aos homossexuais. E como parte dos homossexuais também são e não deixam de ser homens, a "homofobia" contra homens também é considerada uma forma de "androfobia" ou "misandria", já que aos homens sempre foi proibida a homossexualidade. Portanto para os movimentos que defendem o termo, toda homofobia contra homens é também androfobia, assim como toda exigência para que os homens sejam patriarcais como no passado.

O uso do termo também cresceu a partir da confluência de movimentos masculinos contra a "alienação parental" e movimentos por "direitos dos homens" de tendência não masculinista - mas, ao contrario, feminista, de reconhecimento dos direitos de mulheres e igualdade e que ainda não criaram instituições oficiais. Wikipédia

Reflexão: já sabotou a autoestima de quem ama, atingindo os pontos fracos? Sente inveja do(a) parceiro(a)? Sente necessidade de provocar ciúme e insegurança?

Quais as sensações de insegurança estão sempre presentes nas relações amorosas? Precisas ter o controle sobre o outro para impedir a descoberta de outras pessoas melhores que você? O seu esforço nunca é o suficiente para sentir que tens o amor e/ou atenção do outro?

Que tipo de romance, história amorosa é um padrão na escolha da personalidade das pessoas que escolhe envolver-se?

A rejeição ou fracasso são temas presentes em outras formas de se relacionar? As comparações são comuns em sua mente? 

O modo de ver a pessoa que diz amar causa-lhe necessidades angustiantes, que mesmo contra a sua vontade, termina por ceder ao impulso de controle e fiscalização?

Jacques Allain Miller foi um dois maiores comentadores de Lacan.

Sobre a frase ele diz: “Repete-se esta frase sem compreendê-la ou compreendendo- a mal. Ela não quer dizer que é suficiente amar alguém para que ele vos ame. Isso seria absurdo. Quer dizer: ‘Se eu te amo é que tu és amável. Sou eu que amo, mas tu, tu também estás envolvido, porque há em ti alguma coisa que me faz te amar. É recíproco porque existe um vai-e-vem: o amor que tenho por ti é efeito do retorno da causa do amor que tu és para mim. Portanto, tu não estás aí à toa. Meu amor por ti não é só assunto meu, mas teu também. Meu amor diz alguma coisa de ti que talvez tu mesmo não conheças’. Isso não assegura, de forma alguma, que ao amor de um responderá o amor do outro: isso, quando isso se produz, é sempre da ordem do milagre, não é calculável por antecipação”.

Lembram dos papeis masculinos e femininos introjetados? São os primeiros espelhos, ecoará nas nossas relações amorosas também. O medo de perder o outro, é o fator da maior parte dos conflitos e agressões. A visão equivocada de posse é um reflexo da vivência equivocada com as figuras de nossa criação.

As suas crenças negativas serão justamente a causa do que teme, pois, o outro vai partir, não tem como suportar as ações agressivas, abusos, sarcasmos, humilhações, descaso. Ninguém suporta o controle, a fiscalização, as ameaças, disfarçadas de cuidado e proteção. Podes ser uma pessoa maravilhosa, do seu ponto de vista, mas não ser a visão que as pessoas constroem de ti, por causa do seu pavor da rejeição. 

Sem a base do respeito, amor e acolhimento, geras atitudes para afastar, antes que, segundo os seus fantasmas internos, sejas novamente abandonado(a), rejeitado(a).

Ninguém deve estar por faltar opção, ou para fugir/sair de casa, ou para não estar só, muito menos por crenças negativas de habilidades e qualificações. Nem por contrato, religião, cultura, etc. (Mesmo que algumas religiões e culturas imponham, estou aqui dentro do contexto saúde mental).

O casamento é uma parceria, devem estar na mesma sintonia. Brincar de frescobol, não de jogar ténis, conversar sobre o que precisa de ajuste. Marcar ponto contra o outro, não faz a relação melhorar, quando um lado só avança, ambos perdem enquanto casal.

“Todo amor é recíproco, mesmo quando não é correspondido” Lacan

Seria bom rever as suas lembranças de abandono, ao invés de projeta-las tão violentamente nas pessoas que te amam. Não rever a sua história, quando fores abandonado(a) no presente, servirá de justificativa para manter o comportamento doentio. Há pessoas que vão suportar as suas agressões físicas e verbais, não por amor, mas, porque aprenderam que deveriam calar-se, por baixa estima, ou porque era um padrão no comportamento do núcleo da família onde cresceram. Outras, vão ter pena, medo, e isso também não é amor.

A sua forma física, intelecto, personalidade, podem carregar uma crença aprendida de não ser o suficiente para "segurar" a pessoa ao seu lado. São medos sem uma lógica racional.

Por mais que a violência, humilhação, submissão ou dominância do outro, possam estar a esconder casos de abandono, falta de afeto, de violência física ou sexual, o olhar não pode ser de irresponsabilidade. As pessoas têm escolhas e (auto) responsabilidade, precisam compreender que esses comportamentos não mudam o passado, afetam o presente e podem comprometer negativamente o futuro, se não houver a coragem de corrigir e rever a sua história. Aprender a aceitar o "não" é um bom ponto de partida, para enfrentar os medos. 

"Nós poderíamos ser muito melhores se não quiséssemos ser tão bons. " FREUD

Abuso aplica-se a qualquer ação humana onde exista uma precondição de desnível de poder, seja ele em relação a objetos, seres, legislações, crenças ou valores. Entendendo-se poder como uma condição de possibilidade de ação, em função do desejo ou iniciativa consciente ou não. A contrapartida da liberdade absoluta de ação são os delimitadores que ocorrem na realidade. Estes delimitadores partem de diversas fontes, e a sua existência prescinde de uma consequência após a ação, em geral, negativa. Wikipédia

Assédio, cobre uma ampla gama de comportamentos de natureza ofensiva. É geralmente entendido como um comportamento que importuna ou perturba e é caracteristicamente repetitivo. No sentido legal, é o comportamento que parece ser ameaçador ou perturbador. O assédio sexual refere-se a avanços sexuais persistentes e não solicitados, normalmente no local de trabalho, onde as consequências da recusa são potencialmente muito prejudiciais para a vítima. Há outros tipos como, moral, virtual, do senhorio, judicial e eletrónico. Wikipédia

Precisamos retomar o tema dos egocêntricos, os narcisistas, costumo dizer que são os encantadores de serpentes. Geralmente com intelecto elevado, mas um emocional pouco amadurecido, são conhecedores dos seus defeitos (mas usam-os com destreza), têm a necessidade de estar acima dos outros e de relacionar-se só com quem acreditam, estar a sua altura.

Tudo que conquistam é melhor e acreditam ser conhecedores de vários assuntos, possuidores de habilidades impressionantes. Como o discurso é falho, sabem manipular as pessoas com as informações que têm, assim crêem evitar o que temem, a rejeição.

A inveja que sentem dos outros, vira munição do próprio discurso, já que "são os seres a sua volta que o invejam". Acusa os outros de mentirem, mas a sua história é um recheio de buracos negros. Aliás, a Internet e a informática fizeram brotar narcisistas em quilómetros, com tantas possibilidades de fabricar dados falsos, os discursos só caem por terra para os que convivem. Justamente por isso, convivem pouco.

São ótimos em puxar tapetes, pouco solidários, mas não se envergonham em pedir apoio, já que conseguem centralizar atenção. Nada empáticos, se é para alcançar o que desejam, pouco importa o "trator" que podem se transformar. Nesse instante, as redes sociais viram um problema, já que odeiam as críticas e evitam os seus defeitos, fogem, mudam de assunto, menosprezam, ridicularizam, entram em defesa, quando alguém os aponta.

Reflexão: Uma tristeza nesse texto, por saber que os verdadeiros narcisistas não vão se reconhecer. Então fica a dica para que outras pessoas identifiquem e saibam que lidar com eles, é dificílimo, já que raramente fazem terapia, pois, nenhum profissional será capacitado o suficiente para compreendê-lo.

A sensação é de ser uma marioneta, pois eles sempre manipulam a situação ou informação. Não há relação emocional, já que se posicionam sempre com superioridade, pois, ninguém sabe o que eles  sabem.  Têm uma necessidade presente de rebaixar, apontar defeitos dos outros, mostrar em comparativo com a crença das qualidades que possuem.

Têm pouquíssimos amigos, o ciclo social deles quase sempre se renova, por causa das histórias que não se sustentam. Uma perfeição que não existe, costumam ter vidas pessoais bem caóticas. 

Conhece alguém que nunca é bom ouvinte, mas espera sempre que os outros escutem os seus feitos, as suas melhores razões e descobertas? 

Que contam histórias na expectativa apenas de obter elogios, aprovação?

Uma fala de inveja do outro, para no instante seguinte estar no mesmo cargo que ocupava o "criticado"?

Já conviveu com alguém que vive um mundo paralelo, cheio de feitos maravilhosos, de conquistas incríveis, que só ele enxerga?

“Inveja é o ódio que afeta o homem de tal modo que ele se entristece com a felicidade de outrem e, ao contrário, se alegra com o mal de outrem” Spinoza

Inveja é um sentimento de angústia, ou mesmo raiva, perante o que o outro tem. Pode gerar o desejo de ter exatamente o que o outro tem (tanto coisas materiais como qualidades inerentes ao ser), sendo isso uma possível consequência da inveja e não a inveja em si, podendo essa ter outras demais consequências ou não. A inveja pode ser definida como o sentimento de frustração e rancor gerado perante uma vontade não realizada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual. Além disso, pode ser considerada um sintoma em certos transtornos de personalidade, como no Transtorno de Personalidade Borderline, no Transtorno de Personalidade Passivo-Agressiva e no Transtorno de Personalidade Narcisista. Wikipédia

Ódio também chamado de execração, rancor e ira, é um sentimento intenso de raiva e aversão. Traduz-se na forma de antipatia, desgosto, rancor, inimizade ou repulsa contra uma pessoa ou algo, assim como o desejo de evitar, limitar ou destruir o seu objetivo. O ódio pode se basear no medo, justificado ou não. É descrito com frequência como o contrário do amor ou da amizade.

Frustração é um estado emocional que acompanha a interrupção de um comportamento motivado, ou seja é um estado psíquico que resulta do bloqueio da motivação provocada por qualquer barreira que impede de alcançar um projeto ou objetivo esperado. As fontes internas da frustração envolvem deficiências pessoais como falta de confiança ou medo de situações sociais que impedem uma pessoa de alcançar uma meta; causas externas da frustração, por outro lado, envolvem condições fora do controle da pessoa, tais como uma estrada bloqueada ou falta de dinheiro, por exemplo. O comportamento passivo-agressivo é um método de lidar com a frustração. Quando esta não funciona, outra "solução" comumente adotada é uma "regressão" (inconsciente, consciente ou simulacra) a um comportamento infantil e mimado, geralmente visando comover ou sensibilizar terceiros através de algum tipo de apelação emocional. Wikipédia

Quer descobrir um narcisista, basta apontar as suas falhas. Ele não as reconhecerá. Pedir desculpas é algo impensável. Engrossam a voz, alteram o humor, mudam de assunto, e ainda conseguem fazer você sentir culpa por isso. E esteja pronto, pois a munição é pesada, e irá usar todos os pontos fracos que ele conhece a seu respeito, nessa defesa. Por serem inseguros e de baixa autoestima, o mecanismo de defesa é elevado, não brincam quando o assunto é manter a imagem perfeita. Nunca erra, só os outros "mortais" cometem erros, que ele faz questão de estar atento para apontar. DICA: O discurso de acusação, diz basicamente sobre o acusador. Tudo que é dito e como diz, descreve as feridas do acusador que foram atingidas. O alvo da acusação é seu mecanismo de defesa em ação.

Tem contra ele, a necessidade de manter-se eufórico, o bem-estar é importante, é o ponto fraco, que precisa sustentar esse estado emocional com bebidas alcoólicas, drogas, jogos, sexo ou desporto. O vício da boa emoção é para esconder a tristeza, a vida vazia e dor.

Esse perfil em postos de comando, são um caos, já que o ponto de visão dele nunca é o outro, olha com superioridade, os que na sua crença, são menos capacitados. Se for uma figura feminina, por exemplo, não terá a menor dificuldade em menosprezar ou desvalorizar outra mulher, para tanto, usará qualquer característica que do seu ponto de vista, desqualificaria a "concorrente", como cabelo, peso, status social, padrão de beleza, intelecto, a lista é grande. Muitas mulheres inclusive têm discursos machistas, nessas ocasiões.

Narcisista é um transtorno de personalidade catalogado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-IV. caracterizada por sentimentos exagerados de auto-importância, uma necessidade excessiva de admiração, e uma falta de compreensão dos sentimentos dos outros. As pessoas afetadas muitas vezes passam muito tempo pensando em alcançar poder ou sucesso ou sobre sua aparência. Eles, muitas vezes, se aproveitam das pessoas a seu redor. O comportamento normalmente começa na idade adulta, e ocorre em uma variedade de situações.

Perversão vem do latim pervertere que corresponde o ato ou efeito de perverter, tornar-se perverso, corromper, desmoralizar, depravar, alterar. É um termo usado para designar o desvio, por parte de um indivíduo ou grupo, de qualquer dos comportamentos humanos considerados normais e/ou ortodoxos para um determinado grupo social. Os conceitos de normalidade e anormalidade, no entanto, variam no tempo e no espaço, em função de várias circunstâncias.

A perversão distingue-se da neurose e da psicose como modo de funcionamento e organização defensiva do aparelho psíquico. O termo é também frequentemente utilizado com o sentido específico de perversão sexual, ou desvio sexual, incluindo pedofilia e estupro. Wikipédia

Na perversidade humana, destaco que qualquer pessoa, pode ter traços, inclusive os muitos jovens. Ninguém é normal diante das escolhas que fazemos, a diferença está na motivação, na intenção, no que se deseja alcançar. 

Vou apropriar-me das palavras da Marla de Queiroz, de tão precisas, mas apesar dela dirigir-se ao masculino, não é o género.

“O perigo da perversidade é que ela é muito sutil. Um ser perverso jamais te atacará diretamente. Ele vai saborear cada silêncio calculado para despertar sua agonia. Ele vai tentar tolher seus lugares íntimos até que não reste qualquer espaço para manobras. Ele vai te seduzir da maneira mais irresistível e depois te tratar com um descaso inexplicável, como se algo de errado tivesse acontecido, mas sem te dar quaisquer indícios do que possa ter acontecido. Ele será carismático com os outros, prestativo, mas demonstrará impaciência em responder à sua mais simples pergunta. Ele vai oscilar entre o tesão e a indiferença. Você se sentirá desejada quando o sufoco tiver tomado toda a sua alma e, totalmente desamparada quando o desejo demonstrado parecer esvaído nos primeiros suspiros da manhã. E o dia seguinte se tornará um longo e agonizante ano. Ele parecerá espirituoso, depois irônico, mas estará sendo absurdamente crítico e sarcástico. E te deixará tão confusa que você, por momentos, não saberá identificar a crueldade que há neste tipo de comportamento. Os perversos são viciados em jogos de poder e controle. Não sabem o porquê. Simplesmente precisam tentar te destituir da sua autoconfiança e autoestima até que você se torne refém, dependente, à beira do desespero.

É muito difícil identificar um ser perverso e, depois se livrar dele. Ele te tratará com uma bipolaridade emocional absoluta. E quando tudo parecer perdido, quando você tiver decidido de maneira explícita sua escolha por um afastamento ou desligamento da relação, ele te rondará da maneira mais amorosa possível tentando te convencer que a falta de sintonia anterior era um problema seu.

O perigo da perversidade é porque ela é muito sutil. E o único antídoto para se curar de uma relação doentia como esta é reunir toda a coragem que você jamais imaginou ter e partir com toda a convicção de que você não precisa continuar neste campo minado. Você pode escolher um lugar de paz. Você pode não ser presa de um predador voraz. Você não precisa se vestir de sangue para alimentar estes vampiros.

Esteja atenta. O perverso sempre parecerá um ser inofensivo e carismático. Com os outros. Apenas com os outros. E isto te deixará com uma imensa vontade de conquistar aquilo que ele fará questão de demonstrar que não está disponível para você”.

Reflexão: Tristeza em dobro, porque aqui entram os sociopatas e psicopatas, esses sem nenhum arrependimento ou envolvimento emocional, a depender do nível de maldade e crueldade.

A perversidade não tem cor, idade, género, varia o tamanho, manipula opinião, situações e pessoas para que os fins justifiquem os meios. Varia no grau da motivação, na frequência do comportamento, por isso nem toda ação de perversidade constituirá um sociopata ou psicopata.

O perverso não verá problema em chantagear, mentir, transgredir normas, regras e leis, se o objetivo for obter mais poder, por exemplo. Pode usar a sedução excessiva, inclusive sexual, na intenção de angariar cumplicidade.

Por vezes, a impulsividade se fará muito presente, mas como tem pouco ou nenhum sentimento de culpa, seguirá o jogo. Tem dificuldade com abandono e rejeição, um comportamento infantilizado, acusa o mundo de hostilidade, e pode voltar-se para uso de sexo sem preservativos, álcool e drogas para punir-se.

Daí se candidatar a cargos que pode exercer o prazer de punir, sem nenhuma questão moral ou social. Instrumentaliza a lei para favorecer as suas metas, punir, aos que alguma forma, foram os seus algozes, enquanto aluno ou uma criança acusada de roubar brinquedo do colega, por exemplo. 

Alguns sentem prazer na dor física que causam ao outro, uma sensação de satisfação em notar que machucam e causam o sofrimento. 

Derrubar da cadeira de rodas um idoso ou uma pessoa com deficiência, rir da situação, sem nenhum problema, pois a justificativa não será difícil. Se descobertos,  assumem  sem  arrependimentos.

Moradores de ruas já foram notícias, vítimas de espancamento ou queimaduras, alguns indo a óbito, vítimas do prazer doentio dessas pessoas.

Fanáticos, terroristas, justificam as suas ações com ensinamentos, sacrifícios, recompensas divinas, mas, na verdade, querem destruir, machucar, por ciumes, inveja, vingança, por ressentimento. A motivação duma guerra pode ser um bom exemplo.

“O melhor trabalho político, social e espiritual que podemos fazer é parar de projetar nossas sombras nos outros” Jung

Se chegou até aqui, obrigada pela sua leitura e espero ter colaborado para a compreensão melhor de si e do próximo.  Motive-se suficientemente para buscar uma terapia. Como humanos, somos capazes de aperfeiçoar o mundo que vivemos, sem desejar ser melhor que ninguém, apenas estar bem com quem nós mesmos desejamos ser. Jamais parta do princípio que és imutável e perfeito, ou que seu mundo obscuro é horrível demais para ir lá olhar.

Para o bem-estar as regras para ti devem ser o respeito, o acolhimento, a liberdade e o amor próprio. Todo o resto é prosopopeia flácida para acalentar bovino.

Menos ódio, inveja, discriminação, violência, abusos, assédios, preconceito, exclusão, segregação,... Menos "ele(a) é culpado(a)", mais "eu sou responsável".

“Do mesmo modo que aquele que fere ao outro fere a si próprio, aquele que cura, cura a si mesmo” Jung

Psicofobia é o preconceito contra as pessoas que apresentam transtornos e/ou deficiências mentais. Tem sido um termo usado em sentido não-clínico no Brasil, podendo neste contexto ser definido como o preconceito ou discriminação contra pessoas com transtornos ou deficiências mentais. Neste aspecto, o sufixo fobia não é usado de forma clínica, mas no sentido de atitudes negativas ou preconceituosas.

Ao longo da história, pessoas com transtornos mentais foram acusadas de bruxaria ou de serem possuídas ps demônios, ou até mesmo de serem servas do diabo. Nos tempos modernos, quando foram desenvolvidas a Psiquiatria e a Psicologia, verificou-se que essas pessoas tinham transtornos mentais, e não demônios ou quaisquer outras explicações acima mencionadas. O preconceito contra os portadores de transtornos mentais ainda é muito grande hoje em dia, e apenas a informação sobre o assunto pode diminuir o preconceito.

Desse modo, a psicofobia nada mais é do que tratar algum transtorno mental ou seu portador com negligência. Ou seja, quando se inferioriza uma pessoa dizendo coisas como "isso é frescura", "você está se fazendo de vítima", ou quando se dizem que alguém é "louco" porque possui um transtorno mental.

É preciso se compreender que pessoas com ideias suicidas não estão em busca de atenção, pessoas com depressão não estão tristes, pessoas com ansiedade não são rudes, pessoas com transtorno mental não são loucas. E a Psicofobia só piora todos os tipos de transtornos que existem. A negligência, a ignorância e a solidão levam a pessoa a um estado muito pior do que aquele no qual transtorno já a coloca.

A psicofobia é motivo de suicídio no Brasil, onde cerca de 11.800 pessoas cometeram suicídio em 2012, por negligência ou ignorância de próximos a um tratamento adequado, e em muitos outros países. Wikipédia

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